Nos dias 2 e 3 de maio aconteceu, como todos os anos, a Virada Cultural em São Paulo. Dois dias de Arte e Cultura na cidade toda com eventos para todos os públicos e gostos com preços acessíveis e, na maioria das vezes, gratuito. A idéia de 24 horas de Arte na cidade, nasceu a partir das Nuits Blanches (noites brancas) de Paris, um evento idêntico que acontece na França, e que foi "importado" para São Paulo por iniciativa da, então prefeita, Marta Suplicy. E, como todos os caminhos levam à França, 2009 é o Ano da França no Brasil, motivo pelo qual a "Virada" deste ano contou com a participação de muitos artistas franceses. Abaixo, foto de uma intervenção urbana, chamada Instalações do Fogo, com a companhia francesa Carabosse, no Jardim da Luz:
E o que é o Ano da França no Brasil? A França realiza, todos os anos, um envento que conta a presença de artistas de diferentes países do mundo a fim de levar a conhecer a Arte e a Cultura de outros povos, Ano da China, da Coréia etc. Em 2005, foi o Ano do Brasil na França. Vários artistas brasileiros se apresentaram em cidades francesas, levando nossa Arte e nossa cultura para lá. Em retribuição a este fato, o presidente Lula decidiu abrir este espaço para que, em 2009, artistas franceses venham para o Brasil, mas também o evento será enriquecido com colóquios, seminários, congressos, ou seja, eventos acadêmicos de grande porte e de alta qualidade. É uma oportunidade e tanto, já que muitos deles são gratuitos. Veja programação clicando no link abaixo:

Por falar em acessibilidade, um dos primeiros eventos do "Ano da França" que aconteceram em São Paulo foi a apresentação da Orquestra Sinfônica de Champs Elysées no SESC Itaquera, transmitido ao vivo pela TV Cultura.

Trata-se de uma orquestra grandiosa e que se apresentou gratuitamente. A mesma apresentação se repetiu no dia seguinte na Sala São Paulo, com ingressos que chegavam a duzentos e setenta reais. Um verdadeiro espetáculo democrático! Sabe aquela história de ópera para os ricos e hip hop pra periferia? Então, esta não é a verdadeira democracia porque determina o tipo de Arte a qual você pode ter acesso e direito de produzir também. Será que um jovem da periferia poderia, se quisesse, se tornar um grande maestro? Pense nisto. Não deve existir uma Arte para a classe dominante e uma outra, para os pobres. A Arte deve ser acessível a todos igualmente, isto significa com os mesmos eventos acontecendo em diferentes lugares da cidade e não diferentes eventos conforme o lugar. Se a cultura da cidade tomasse o exemplo da França, teríamos os grandes espetáculos também ao nosso alcance. Isto sim seria uma grande Virada Cultural. Vira São Paulo! E vive la France!
Postado por Cristiane